As plantas aromáticas são boas para substituir o sal, mas fazem muito mais do que isso. Temperam a vida. Por isso fico tão feliz por partilhar consigo o que entretanto já aprendi e sei sobre este tema.
Com sabor e cheiro intensos, as plantas aromáticas, assim como as especiarias, não servem unicamente para potenciar o sabor dos cozinhados. Embora seja por isso que melhor as conhecemos, desde há muito que lhes são reconhecidas propriedades medicinais. E graças às suas pelas suas propriedades aromáticas, são também usadas como base de perfumes e fragâncias.
Segundo me destacaram os nutricionistas do Continente, a Roda da Alimentação Mediterrânica incentiva a inclusão de ervas aromáticas na nossa alimentação pelos seus diversos benefícios. Das mais conhecidas, como a salsa e o manjericão, às menos correntes, como a calêndula existem ainda as halófitas, como a salicórnia. Cá em casa somos grandes fãs e até temos um pequeno canteiro com algumas variedades.
Ricas em micronutrientes (vitaminas e minerais), as plantas aromáticas têm uma importante função na regulação de vários aspetos do organismo. Além de ótima solução para reduzir a quantidade de sal no prato, fornecem-nos substâncias bioativas (fitoquímicos), que desempenham funções fisiológicas importantes, como a inibição da ação dos radicais livres, a modulação do processo de carcinogénese e a diminuição dos níveis de colesterol.
Contudo, é importante saber usá-las (veja as sugestões que lhe deixo em anexo). Na maior parte dos casos, as plantas aromáticas devem ser somadas no final da confecção dos pratos, já que quando são sujeitas a temperaturas elevadas podem perder valor nutricional. E, já agora, sempre que possível, devemos preferi-las frescas, com as suas propriedades em pleno.
Como usar ervas aromáticas:
- Alecrim – Infusões, carne de porco e de borrego, massas, queijo, sopa, saladas.
- Cebolinho – Limonada, molhos, ovos, peixe, hortícolas, saladas, sopas.
- Coentros – Saladas, sopas, caldos de peixe, ervilhas, favas, arroz, massas, açordas, bolos.
- Hortelã – Tisana, limonada, carne de carneiro, peixe, sopas, saladas, ervilhas, sobremesas.
- Louro – Carne de porco, peixe, feijão, estufados, caldeiradas.
- Manjericão – Limonadas, molhos, massas, hortícolas, cozinhados com tomate, peixe, sopas, saladas, sobremesas.
- Orégãos – Carne, peixe, massas, saladas, queijos, tomate.
- Poejo – Tisana, caldeiradas de peixe, açorda, sobremesas com fruta.
- Salsa – Carne, peixe, ovos, queijo, saladas, massas, arroz.
- Tomilho – Carne ou peixe assados ou grelhados.
- Salicórnia – Carne ou peixe assados ou grelhados.
Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição
Propriedades e benefícios ervas aromáticas
Ervas aromáticas
- Ervas com propriedades aromáticas, sendo extraídos os seus aromas na forma de óleos essenciais para aplicações (p. ex.: perfumes, cremes). Exemplos: lavanda, alecrim, camomila.
Ervas medicinais
- Ervas que apresentam propriedades medicinais (p. ex.: auxiliar a digestão, ansiedade). Exemplos: camomila, verbena, erva-cidreira.
Ervas aromáticas culinárias
- Parte comestível de plantas tradicionalmente adicionadas aos alimentos pelas suas propriedades aromáticas e visuais. Exemplos: salsa, coentros.
Ervas ornamentais
- Ervas utilizadas para decoração devido à presença de folhagem e flores atrativas. Exemplos: lavanda, calêndula, rosmaninho.
Condimento
- Produto vegetal ou mistura de produtos vegetais, sem substâncias estranhas, utilizados com o fim de atribuir aroma aos alimentos.
Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição
Autor
Catarina Furtado