Esta semana, com a ajuda da Solinca, vamos conhecer quais as consequências da atividade física sobre a qualidade do sono. Apesar de conhecida a importância de uma noite bem dormida para a manutenção de uma vida saudável, a qualidade do sono nem sempre é tida em consideração.
Quando a questão reside nos hábitos de vida saudáveis, não são apenas mencionados a boa alimentação ou os níveis de atividade física. Para que seja possível ter um bom desempenho em todo o seu raio de ação (tanto a nível físico como cognitivo), é importante tirar o máximo partido de uma boa noite de descanso.
Embora muitas vezes se negligencie esta parte, uma noite bem dormida deveria ser prioritário para quem ambiciona manter uma saúde física e mental exemplar. Noites mal dormidas, além de reduzirem a concentração e a produtividade, contribuem para uma maior instabilidade emocional, estados depressivos, irritabilidade e aumentam a probabilidade de cometer erros ou tomar más decisões.
Contudo, hoje em dia, graças a diversos fatores a que as populações estão sujeitas (contexto socioeconómico, stress, rotina, etc.), tem-se verificado que a qualidade do sono tem vindo a diminuir havendo uma crescente procura de ajuda com vista a contornar esta questão (medicina e outras terapias alternativas).
Consequências da atividade física sobre a qualidade do sono:
- Pessoas ativas, não só adormecem mais rápido como dormem melhor e conseguem ver a sensação de cansaço reduzida no dia seguinte.
- O sono de um “atleta” é mais relaxante e profundo, acordando poucas ou nenhumas vezes durante a noite. Os níveis de sonolência durante o dia são substancialmente inferiores. Quando relatamos um sedentário, todos os campos mencionados são prejudicados e o sono mais atribulado.
- Apesar do número total de horas dormidas (7 horas, em média) poder ser idêntico, quer em pessoas sedentárias quer em pessoas fisicamente ativas, a qualidade do sono das pessoas fisicamente ativas é substancialmente superior à qualidade do sono das pessoas sedentárias (havendo maior incidência de insónia e apneia de sono, justificando uma maior utilização de fármacos).
Veja também o nosso artigo sobre a importância da alimentação e atividade física.
A atividade física no combate das insónias
O reconhecimento da efetividade da atividade física no combate das insónias já é sabido. São libertadas endorfinas que ajudam a relaxar e a diminuir a ansiedade (uma das principais causas de insónia) permitindo que a pessoa consiga “desligar-se” de forma gradual. Portanto, se nos “mexermos”, dormimos melhor!
No entanto, se dorme mal e procura encontrar na atividade física uma “cura saudável” para as noites mal dormidas, é importante seguir algumas recomendações:
- Caso se trate de uma pessoa sedentária, a intensidade dos exercícios deverá ser ajustada em função da condição física individual.
- Alguns autores defendem que atividades físicas intensas devem ser evitadas, principalmente, ao fim do dia dado que são despertados mecanismos de produção de hormonas que estimulam o sistema nervoso aumentando o estado de alerta, atribulando o adormecer.
- Outros autores, seguindo novas linhas orientadoras, vieram reforçar que, mediante a experiência e condição física da pessoa, atividades físicas intensas podem e devem constar do “cardápio” de treino.
Os benefícios são mútuos. Se praticar exercício ajuda a melhorar a qualidade do sono também dormir bem ajuda a melhorar o rendimento físico. Os níveis de energia mantêm-se estáveis ao longo do dia permitindo que os níveis de motivação não sejam prejudicados.
É também durante o sono que é produzida a hormona de crescimento, fundamental para desenvolver e tonificar os músculos, evitar acumulações de gordura e combater patologias como osteoporose. Por outro lado, regenera-se o cérebro e o metabolismo como se fosse feita uma “limpeza” das toxinas geradas pelas atividades extenuantes realizadas durante o dia.
Por isso, as nossas recomendações são: mantenha-se ativo! Mantenha-se saudável!
Este artigo teve a colaboração da SOLINCA
Autor
À Roda da Alimentação