O exercício físico é essencial para prolongar a qualidade de vida à medida que a idade vai passando. E, neste caso, quanto mais cedo começarmos, melhor. É o que recomenda a Solinca!
O envelhecimento faz parte do ciclo de vida e devemos aceitá-lo de forma natural, apesar das mudanças físicas e cognitivas que lhe estão adjacentes.
Segundo a PORDATA, base de dados sobre Portugal contemporâneo, em 2018, residiam no país cerca de dois milhões e duzentos mil cidadãos com mais de 65 anos de vida, sendo que a esperança média de vida, segundo a mesma fonte, fixava-se nos 77,8 anos para homens e 83,4 anos para as mulheres.
Presumimos, então, que as pessoas vivem cada vez mais tempo e pretendem fazê-lo de uma forma saudável, ativa e feliz.
É inequívoco que a população envelhece e mesmo os mais jovens devem refletir sob medidas para evitar o envelhecimento mental e físico precoce, com o intuito de retardar ao máximo o aparecimento de doenças e morbilidade.
O desporto e a atividade física regular, a leitura, a socialização e a adoção de hábitos saudáveis (não consumir álcool, tabaco, drogas, etc.) são alguns exemplos de estratégias a que se pode recorrer para ocupar o tempo livre e melhorar a qualidade de vida.
Especificamente, neste artigo, procuramos abordar os efeitos da prática regular de atividade física na terceira idade.
As diferentes tarefas diárias, quer em contexto laboral ou recreativo, são determinadas, em grande parte, pela capacidade de desenvolver força muscular.
A diminuição da força e a perda de massa muscular dos idosos induz a limitações e altera hábitos funcionais, provocando intrinsecamente a diminuição da mobilidade, restringimento de autonomia e perda de equilíbrio – capacidades indispensáveis para se atenuarem a morbilidade e patologias associadas ao sedentarismo e inatividade física.
Sabe-se hoje que a prática regular de atividade física está associada à diminuição da incidência de doenças cardiovasculares, diabetes de tipo II, estados de ansiedade e depressão.
Portanto, as diferentes aulas de grupo no ginásio (desde que adequadas ao nível de treino, historial desportivo e clínico do praticante), o acompanhamento personalizado por um profissional da área, as caminhadas ao ar livre, as danças e atividades lúdico-desportivas, com apoio devidamente sustentado e profissionalizado, devem fazer parte do quotidiano de todos, mesmo na fase mais avançada da sua existência.
A Organização Mundial da Saúde recomenda treinos diários moderados ou vigorosos de 30 minutos ou três treinos semanais com duração de 60 minutos por dia, para que se registem efeitos positivos na saúde física e mental do praticante.
Usualmente, o treino aeróbio é a metodologia mais prescrita e recomendada para aumentar a aptidão física, no entanto, o treino de força não deve ser descurado, considerando-se hoje em dia uma componente fundamental no programa de treino de idosos.
A American College Sports Medicine (2018) refere-se à inclusão do treino de força como parte integrante do programa de atividade física nos idosos. Também o estudo de Klitgaard et al. (1990) relata a importância do treino da força como parte integrante de um programa de atividade física nesta faixa etária.
O que construímos hoje será o futuro amanhã, por isso, é aconselhada a prática de atividade física regular em todas as idades. O envelhecimento é inevitável, mas seremos mais felizes e saudáveis se conseguirmos praticar e fomentar um envelhecimento ativo saudável. Por isso, as nossas recomendações são: mantenha-se ativo! Mantenha-se saudável!
Este artigo teve a colaboração da SOLINCA
Para saber mais sobre envelhecimento ativo, leia o nosso post ‘Plano Alimentar para idosos‘.
Autor
À Roda da Alimentação