A fome emocional pode gerar vários problemas de saúde. E o contexto de confinamento em que vivemos favorece a tendência. Esteja atento!
Existem vários tipos de fome e é importante aprender a diferenciá-los para evitar hábitos menos saudáveis. Se, por um lado, a alimentação tem o objetivo de nutrir e suprir as necessidades fisiológicas, por outro, envolve questões emocionais, que incluem o prazer de saborear os alimentos e a socialização.
A fome fisiológica surge ao fim de algum tempo sem ingerir alimentos, que forneçam as calorias e nutrientes necessários para o funcionamento do organismo.
O que é a fome emocional?
Com origem diferente, a fome designada por ‘emocional’ possui um espectro muito amplo de motivações. Pode ser acionada por comportamentos de recompensa menos saudáveis, mas pontuais, ou distúrbios alimentares, que carecem de acompanhamento clínico específico (anorexia, bulimia, etc.).
A fome emocional está muitas vezes associada ao consumo de alimentos ricos em hidratos de carbono simples (açúcares) ou com a combinação gordura-sal-crocante, que oferecem uma sensação de prazer e bem-estar. Contudo, este sentimento dura pouco e, rapidamente, regista-se uma nova quebra de humor, gerando-se um círculo vicioso’. Este é o chamado mecanismo de recompensa.
Como distinguir a fome fisiológica da fome emocional?
A fome fisiológica aparece, de forma gradual, quando as necessidades energéticas e nutricionais estão ativas. Pode produzir uma sensação de desconforto e de estômago ‘vazio’, e levar a fraqueza física e dor de cabeça. Não é seletiva quanto ao tipo de alimentos e, normalmente, é satisfeita com um consumo consciente e intencional de alimentos.
A fome emocional é independente das necessidades do organismo e surge subitamente. Não apresenta desconforto físico e depende do estado emocional, normalmente de emoções negativas. Este tipo de forme leva à ingestão inconsciente de grandes quantidades, e é seletiva, ou seja, é satisfeita com alimentos específicos, ricos em açúcares ou com a combinação gordura-sal-crocante. Muitas vezes, gera sensação de culpa após ingestão.
Saiba como manter “Hábitos de uma vida saudável“
10 Dicas: como controlar a fome emocional?
- Estabeleça e mantenha as rotinas de horário das refeições.
- Faça refeições equilibradas e completas, que promovam a saciedade.
- Beba muita água e não confunda sede com apetite.
- Evite ter em casa alimentos ricos em açúcares e com a combinação gordura-sal-crocante. Opte por snacks saudáveis, como frutos oleaginosos simples (amêndoas, avelãs, nozes, etc.), fruta, iogurtes ou queijo fresco.
- Procure distrações alternativas à comida (ler, fazer desporto, conversar, etc.).
- Faça listas de compras e evite ir ao supermercado com fome e/ou quando se sente mais stressado.
- Pratique exercício físico com regularidade.
- Mantenha uma rotina de sono regular, de 6 a 8 horas por noite (adultos).
Descubra o seu tipo de fome
Responda a estas 5 perguntas:
1. Realizou a última refeição há mais de 2h30 min?
2. Quando sente vontade de comer sente fome real, ou seja, sensação de estômago vazio?
3. Considera que uma pequena porção irá satisfazer a sua vontade?
4. Sente vontade de comer um alimento específico?
5. O seu estado emocional no momento é de aborrecimento, tristeza ou sente-se desconfortável?
Se respondeu NÃO às três primeiras perguntas e SIM às duas últimas, poderá estar a sentir fome emocional. Este não é um diagnóstico clínico, mas ajuda a identificar o tipo de fome que está a sentir.
Se tem episódios recorrentes de fome emocional, pondere consultar um médico ou nutricionista.
Receita: Snaks saudáveis
Se tem dúvidas sobre este tema, pergunte à Nutricionista Online.
Autor
À Roda da Alimentação