Alguns são-nos estranhos, outros até reconhecemos, mas ainda não provámos. Como numa dieta equilibrada nenhum fruto deve ficar de fora, está na altura de experimentar os exóticos.
Hoje deixo-lhe uma versão reduzida do artigo que escrevi para a edição de junho da ‘Continente Magazine’. Trata-se de uma pequena pesquisa que elaborei, com a ajuda dos nutricionistas do Continente, sobre algumas espécies de fruta que conhecemos mal e, por isso, consumimos menos.
Inclui novos frutos na alimentação não só é importante para uma dieta equilibrada, como também nos ajuda a atingir a meta recomendada pela Organização Mundial da Saúde para o consumo de hortícolas e frutos (400 g por dia).
Cada fruto tem propriedades e valores nutricionais diferentes e todos são necessários para o bem-estar do organismo, incluindo os frutos exóticos. Além disso, prová-los pode ser uma autêntica experiência sensorial.
Frutos exóticos mais misteriosos
PHYSALIS
Originário da América Central e do Sul,é cultivado na Colômbia e em Portugal. Também conhecido por tomate-capucho, alquequenje e capucha, pertence à família do tomate. Tem um sabor agridoce e a forma de uma baga redonda.
Fonte de: Fibra, vitaminas C e B3 e fitosteróis.
Benefícios: Contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário e trânsito intestinal, podendo, ainda, contribuir par a redução dos níveis de colesterol.
Como comer: Retire as folhas secas envolventes e lave. Consuma ao natural ou use em compotas, saladas, sobremesas e bolos.
Tudo é comestível, com exceção das folhas.
PITAYA VERMELHA
Natural da América Latina e de alguns países asiáticos, também é chamada por ‘fruto dragão’ e a sua planta pertence à família dos catos.
Fonte de: Vitamina B3 e ferro.
Benefícios: Contribui para o normal funcionamento dos sistemas imunitário e nervoso e promove o metabolismo de produção de energia, reduzindo o cansaço e a fadiga.
Como comer: Corte, na vertical, em duas metades. Remova a polpa e semente com uma colher ou corte as metades em fatias. Consuma a polpa ao natural ou use em gelados, batidos e doces.
Casca não comestível.
TAMARINDO
Também conhecido por ‘Tâmara da Índia’, é uma vagem tropical originária das savanas africanas, mas bastante cultivado na Índia.
Fonte de: Vitamina B1, fósforo, magnésio, ferro e potássio.
Benefícios: Promove o normal funcionamento do sistema nervoso, funções psicológica e cognitiva e manutenção de ossos e dentes.
Como comer: Estale a casca e retire as pequenas fibras e os caroços. Pode comer a polpa doce ao natural (quando madura) ou cozinhada, ou usar em doces, sumos, sopas e guisados.
Casca, caroços e fibras não comestíveis.
GRANADILHA
Originária da Colômbia, onde lhe chamam ‘o fruto das crianças’, pertence à família do maracujá e cresce em trepadeiras. Tem uma polpa gelatinosa com muitas sementes pretas comestíveis.
Fonte de: Fibra, vitamina C e potássio.
Benefícios: Pode contribuir para a manutenção da pressão arterial normal e funcionamento adequado do sistema imunitário.
Como comer: Corte ao meio e coma a polpa interior, ao natural, com uma colher. Pode usar também em recheios de tartes, saladas, gelados e sumos.
Casca não comestível.
CARAMBOLA
Natural da Indonésia, Malásia, Índia e Sri Lanka, tem a forma de uma estrela e é ótima para saciar a sede, pois possui um sabor fresco, ligeiramente doce.
Fonte de: Fibra e vitamina C.
Benefícios: Contribui para a proteção das células contra oxidações indesejáveis, melhoria do trânsito intestinal e normal funcionamento do sistema imunitário.
Como comer: Lave e coma ao natural. Pode usar também em saladas, bolos, gelatinas e cocktails.
Tudo é comestível.
Autor
Catarina Furtado