Cada vez há mais pessoas preocupadas com o consumo excessivo de doces. E há motivos para isso. É que o a mais pode acabar por dar um sabor amargo à .

Eu sou suspeita, porque não sou grande fã de doces. Sempre controlei bem a quantidade de açúcar que deixo entrar na minha alimentação e faço o mesmo com os meus filhos.

Como outros hidratos de carbono, o açúcar é uma fonte de energia importante e necessária para a realização de várias funções do organismo.

Mas, como o sal e as gorduras, faz parte do trio fatal de excessos que cometemos com frequência.

Mesmo que nos últimos tempos se fale cada vez mais do mal que nos faz, muitas pessoas ainda não se aperceberam realmente do impacto que tem.

Como me esclareceram os nutricionistas do Continente, a ingestão exagerada de açúcares simples está associada ao aumento dos triglicerídeos (gordura) no sangue, à subida da pressão arterial e à redução do HDL (‘bom colesterol’). Em consequência, está relacionada com o aumento do risco de doenças cardiovasculares e da diabetes tipo 2. 

Além disso, parece que alguns tipos de açúcar podem promover o apetite (o que nos faz comer mais do que devemos e pode potenciar a obesidade).

Já para não falar das cáries dentárias, um problema que, segundo a Ordem dos Médicos Dentistas, afeta quase 90% da população e muito compromete a saúde e os sorrisos das nossas crianças e idosos.

O consumo diário de açúcares simples, presentes ou adicionados aos alimentos, não deve ultrapassar as 12 colheres de chá (50g)

No entanto, o açúcar, por si só, não é necessariamente o vilão que se diz por aí. O problema é que andamos a consumir o dobro do que devíamos!
Para uma dieta saudável de duas mil calorias diárias, a Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo máximo diário de 50 gramas (cerca de 12 colheres de chá).

Sobre este tema, consulte o artigo
5 dicas para viver com menos açúcar‘.

Segundo as estatísticas, consumimos, em média, 96 gramas, ou seja, quase duas vezes mais. Parece exagerado, mas às vezes nem nos apercebemos do açúcar que ingerimos ‘oculto’ em alguns alimentos.

A equipa do Continente já identificou que os ‘preferidos’ dos portugueses são:  o açúcar de mesa que acrescentamos a alimentos e bebidas, os doces (rebuçados, gomas, compotas, mel, chocolates, entre outros) e os famosos refrigerantes.

Por isso, ajudará bastante se deixarmos de pedir o açucareiro e, por exemplo, limitarmos os doces, substituindo-os, de vez em quando, por fruta.

Excesso de açúcar

Sei que parece difícil, mas conheço muitas pessoas que conseguiram reduzir o açúcar adicionado nas suas rotinas. Alguns começaram pelo café, usando meio pacote, e hoje já nem o adoçam. É o meu caso. Não uso nem no café, nem no chá.

Pode parecer pouco, mas há que começar por algum lado.

Quer saber mais sobre este tema ou qualquer outro relacionado com a alimentação? Pergunte à nutricionista online.

O que são açúcares simples?

A Organização Mundial da Saúde entende por açúcar simples (free sugar) os mono (como glucose e frutose) e dissacarídeos (sacarose e açúcar de mesa) adicionados aos alimentos e bebidas pela indústria alimentar, pelos manipuladores de alimentos ou pelos consumidores, e os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e concentrados de sumo de fruta.

Autor

Catarina Furtado