A comida picante estimula o metabolismo e o gasto energético. Aliada a uma dieta equilibrada, faz bem e recomenda-se.
Típica na gastronomia de alguns países, como o Vietname, Tailândia, Peru, México ou Índia, a comida picante é adorada em todo o planeta e tem direito a Dia Internacional e tudo (16 de janeiro).
A comida picante na saúde gastro intestinal
Um dos muitos mitos associados aos ingredientes picantes – pimenta, açafrão, malagueta, alho, etc. – é que podem contribuir para o desenvolvimento de úlceras gástricas. Contudo, a evidência científica aponta exatamente para o contrário. Vários estudos indicam que alguns podem mesmo prevenir as úlceras, devido à capsaicina.
Esta substância, a par de outras encontradas em alimentos como o café e o chá verde, tem efeitos termogénicos cientificamente comprovados, podendo contribuir para um maior gasto energético do organismo.
Naturalmente, quem já sofre de úlceras deve diminuir o consumo de alimentos picantes, sobretudo se costuma sentir-se desconfortável depois disso.
É também muito questionado o impacto da comida picante na doença hemorroidária. Neste caso, não existem dados suficientes que comprovem a ligação. Por isso, quem sofre desta doença deve evitar o picante, sob risco de agravar os sintomas.
Curiosidades sobre comida picante
- O grau de picante (ardência/ pungência) de um alimento é definido pela quantidade de capsaicina que apresenta. A malagueta piri-piri está entre os mais picantes e o pimento padrão entre os menos.
- O leite alivia a ardência após a ingestão do picante porque algumas proteínas lácteas atenuam o efeito da capsaicina, que não se dissolve na água.
A comida picante na gravidez
As mulheres grávidas também devem ter cuidados especiais com estes alimentos, durante a gestação, para prevenir possíveis irritações gastrointestinais, e durante o período de amamentação, já que a capsaicina pode passar para o leite materno, mudando-lhe o sabor.
A comida picante emagrece?
Embora estimule o metabolismo, como indicado acima, a comida picante não emagrece por si só. A comida picante ajuda a queimar calorias, mas só resulta numa efetiva perda de peso quando é complemento de uma dieta equilibrada e parceira do exercício físico.
O consumo moderado de especiarias pode também ajudar a reduzir a ingestão de sal, já que ao acrescentarem sabor aos cozinhados reduzem a necessidade de adição deste ingrediente. Como consequência, podem ter algum papel na prevenção de situações de hipertensão.
Com todos estes factos, podemos afirmar com confiança que, combinado com um estilo de vida ativo e uma dieta equilibrada, um tempero ‘mais quente’ faz bem à saúde e recomenda-se!
Grau de picante / ardência dos pimentos ou malaguetas
Autor
À Roda da Alimentação