Os cereais de pequeno-almoço têm muitas vezes adição de açúcar, por uma questão tecnológica e organolética. O açúcar poderá ser adicionado ou resultar dos ingredientes utilizados (por exemplo, quando têm fruta) e pode estar presente em maior ou menor quantidade.
O semáforo nutricional, encontrado nos produtos da marca Continente, poderá ajudar a selecionar os cereais com teor de açúcar moderado ou baixo, codificando este nutriente na frente do rótulo com as cores amarela ou verde, respetivamente.
Na ausência do semáforo nutricional, poderá recorrer ao cartão conversor, simulando o semáforo que resultaria dos valores nutricionais por 100g de produto. Na dúvida entre dois produtos equivalentes, pode também comparar a informação nutricional por 100g de produto e optar pelo que tem menor quantidade de açúcar.
Outros nutrientes aos quais deverá estar atenta nesta tipologia de produtos são – teor de gordura total e saturada e teor de sal, que deverão ser baixos ou moderados. O teor de fibra é importante e quanto mais alto melhor.
De notar que a presença de determinados ingredientes, como frutos secos ou fruta/chocolate, vai resultar em teores de gorduras e açúcar mais elevados. Analisar a lista de ingredientes é, por essa razão, importante na escolha dos cereais de pequeno almoço.
Poderá optar pelos que apresentam cereal integral como primeiro ingrediente e ausência de açúcar adicionar ou este ingrediente mais para o fim da lista (já que os ingredientes estão listados por ordem decrescente de quantidade).
Existem, ainda, cereais de pequeno almoço, em diversas marcas, sem adição de açúcar, por exemplo os flocos de aveia, alguns tipos de cereais tufados, cereais tipo muesli, entre outros.
A leitura atenta do rótulo poderá ajudar na seleção dos cereais que melhor vão ao encontro dos seus objetivos.
Dizer que os cereais engordam é incorreto, uma vez que por si só nenhum alimento tem a capacidade de promover o aumento ou perda de peso.
O que importa é o balanço energético ao longo dos dias, ou seja, o aumento de peso resultará de uma ingestão energética diária superior ao gasto, ao longo de vários dias, e que resulta das escolhas feitas nas diferentes refeições, bem como das quantidades ingeridas.
Sofia Dinis é licenciada em Ciências da Nutrição e Pós Graduada em Biotecnologia e Inovação Alimentar.
Autor
À Roda da Alimentação